Hoje celebramos de forma especial a nossa Mãe. 98 anos depois, Maria continua a tocar inúmeros peregrinos que se deslocam até Fátima, local onde Nossa Senhora apareceu a três simples crianças e lhes rogou que rezassem o terço. Convidamos-te a isso mesmo, a responder ao apelo de Nossa Senhora e a rezar o terço connosco. Deixamos-te aqui uma proposta:
Saudação Inicial:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo…
Comecemos a nossa oração dos mistérios do Rosário, por escutar umas breves palavras do Evangelho segundo São João, que têm uma mensagem muito particular para os jovens:
«Disse Jesus a sua Mãe: Mulher, eis o Teu Filho.
E depois disse ao discípulo amado, eis a Tua Mãe!» (Jo.19,27)
Meditemos agora os mistérios do Rosário, a partir da Mensagem do Santo Padre:
1. E no primeiro mistério, meditemos, desde já, em Maria, como Mãe de todos os homens e de todos os jovens:
«Antes de morrer, Jesus oferece ao mais jovem apóstolo, João, aquilo que tem de mais precioso: sua Mãe, Maria.
«Eis a tua Mãe». Estas são das últimas palavras do Redentor que, por este motivo, adquirem um carácter solene e constituem como que o testamento espiritual de Jesus» (João Paulo II, MJMJ 2003, 1).
Nesse «novo filho», «o discípulo que Jesus amava», Maria recebe, aos pés da Cruz, a Igreja inteira, e nele, de certo modo, alcança a humanidade toda, recebendo cada um de nós. Maria – diríamos – perde humanamente o Filho, que gerara um dia nas entranhas. Mas, na sua dor, torna-se a Mãe de todos aqueles, que pela fé, se tornarão filhos de Deus (Jo.1,12).
Pai Nosso… Ave Maria (10 x)… Glória…
2. No segundo mistério, meditemos em Maria, como Mãe de Consolação para todos os jovens:
Vemos assim como, na Cruz, o Filho de Deus, pôde derramar o seu sofrimento no coração de sua Mãe. Cada filho que sofre, sente necessidade disto mesmo. Também nós, caros jovens, nos encontramos – apesar da nossa tenra idade – diante de algumas formas de sofrimento: a solidão, os insucessos e as desilusões na nossa vida pessoal; as previsíveis dificuldades de nos inserirmos depois no mundo dos adultos e na vida profissional; as separações e os lutos nas nossas famílias. Porém, devemos saber que, em momentos difíceis, que não faltam na vida de cada um, não estamos sozinhos: como o fez a João, aos pés da Cruz, Jesus também nos dá a sua Mãe, para que nos conforte com a sua ternura.
Pai Nosso… Ave Maria (10 x)… Glória
3. No terceiro mistério, meditemos no dever que todos temos de acolher Maria em nossa casa:
Em seguida, o Evangelho diz que “desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa” (Jo. 19, 27). Quer dizer, acolheu-a no seu coração, como parte essencial da sua vida e da sua fé. Tal significará, por consequência, que nenhum discípulo, nenhum cristão, poderá ser fiel a Jesus, se não acolhe Maria, como sua Mãe.
Prezados jovens e amigos, nós temos mais ou menos a mesma idade de João, e – creio eu – o mesmo desejo de estar com Jesus. Hoje, é a nós que Cristo pede expressamente que recebamos Maria “em vossa casa”, que a acolhamos “entre os vossos maiores bens” para aprendermos dela a disposição interior da escuta e a atitude de humildade e de generosidade.
Pai Nosso… Ave Maria (10 x) … Glória
4. No quarto mistério, meditemos em Maria, como Mãe e Mestra de todos os jovens:
Estimados jovens: Maria é-nos dada sobretudo para nos ajudar a entrar numa relação mais verdadeira e pessoal com Jesus. Com o seu exemplo, Maria ensina-nos a fixar o nosso olhar de amor naquele que foi o primeiro a amar-nos. Com a sua intercessão, Ela forma em nós um coração de discípulos, capazes de nos pormos à escuta do Filho. Deste modo, Maria nos educa e nos modela, até que Cristo, o Homem Novo, se forme plenamente em nós.
Pai Nosso… Ave Maria (10 x) … Glória
5. Por último, neste 5º mistério, escutemos o apelo do Santo Padre a todos os jovens, para rezarem o rosário:
No passado dia 16 de Outubro, o Santo Padre proclamou o “Ano do Rosário“, até Outubro próximo e convidou todos os filhos da Igreja a fazer desta antiga oração mariana um exercício simples e profundo de contemplação do rosto de Cristo. E desafiou-nos a todos com estas concretas palavras:
«Não tenhais vergonha de recitar o Rosário sozinhos, ao irdes para a escola ou para o trabalho, ao longo do caminho e nos meios de transporte público; habituai-vos a recitá-lo entre vós, porque ele anima e fortalece os vossos laços. Esta oração ajudar-vos-á a ser fortes na fé, constantes na caridade, alegres e perseverantes na esperança». Rezai-o, pedindo sobretudo pelas vossas famílias e pela Paz no mundo.
Pai Nosso… Ave Maria (10 x) … Glória
Rezemos agora mais três ave-marias pela Paz no Mundo, pelas Famílias.
Avé-Maria (3 x)
Apresentemos as nossas preces (podes fazer estas e/ou outras que te vão no coração)
- Pela Igreja: para que se deixe educar e modelar por Maria, até que Cristo cresça e se forme plenamente em cada um dos membros. Oremos irmãos. (cf. RVM, 15; MPJMJ 2003, 3)
- Pelos governantes: para que promovam os novos céus e a nova terra, onde habita a justiça, a paz e fraternidade entre todos os homens. Oremos irmãos.
- Pelos jovens, livres e corajosos, que não dão lugar ao egoísmo e não têm tempo a perder: para que se tornem apóstolos audazes, sentinelas da manhã, que anunciam as luzes do alvorescer e a nova Primavera do Evangelho. Oremos irmãos. (MPJMJ 2003, 6).
- Pelos que experimentam a solidão, os insucessos e as decepções da vida pessoal; sobretudo por aqueles que não encontram emprego e também pelos que sofrem as separações e o luto nas suas famílias: para que sintam, em todos esses momentos, a ternura de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Oremos irmãos. (MPJMJ 2003, 2)
- Por todos nós, para que saibamos acolher Maria em nossa casa e no meio dos nossos bens, para aprender dela a escuta humilde, a capacidade de servir e a generosidade de coração. Oremos irmãos. (MPJMJ 2003, 3)
Salve-Rainha
Palavras finais de despedida:
Alguns de nós dirão, porventura, em resposta ao apelo do Papa, que o Rosário está desajustado à nossa sensibilidade. Que nada tem a ver com a nossa idade juvenil. Pensai o contrário:
O Rosário por ser, de certo modo, uma oração repetitiva, acaba por criar um clima adequado de oração, que se faz, de certo modo, ao ritmo dos batimentos e do respirar do próprio coração.
Por ser uma oração simples, talvez a mais sabida, praticada e por todos conhecida, facilita muito e bem a participação de todos os membros, a uma só voz.
Por estar tão ligada à meditação dos episódios da vida de Jesus, torna-se uma espécie de “compêndio do evangelho” (R.V.M. 18; M.C.42) e um excelente meio de «contemplar com Maria o Rosto de Cristo» (R.V.M. 3).
Tivemos ocasião hoje mesmo de o experimentar, nesta celebração. E, deste modo, também hoje nos é dada a graça e a alegria de receber Maria, em nossa Casa! Assim seja.
Consagração a Nossa Senhora… «Oh Senhora minha»…