“Dia 8
Na segunda-feira dia 8 de junho o Papa Francisco recebeu em audiência os bispos de Porto Rico. Pediu sacerdotes servidores do perdão e recordou os problemas sociais da violência doméstica, narcotráfico, desemprego e corrupção.
Dia 9
Na Missa em Santa Marta na terça-feira, dia 9 de junho o Papa Francisco falou da identidade cristã afirmando que corremos o risco de deixá-la diluir numa religião soft. O Santo Padre afirmou que o testemunho é a linguagem da nossa identidade cristã.
Dia 10
Quarta-feira, 10 de junho: na audiência geral o Papa Francisco abordou na sua catequese o tema da doença na família : “É uma experiência da nossa fragilidade, que vivemos principalmente em família, desde crianças e depois sobretudo quando somos idosos” – afirmou o Papa.
“A família, podemos dizer que é, desde sempre, o hospital mais próximo; ainda hoje, em muitas partes do mundo, o hospital é um privilégio para poucos. E, às vezes, está longe. São a mãe, o pai, os irmãos, as irmãs, as avós que garantem os cuidados e ajudam a curar.”
O Papa Francisco citou alguns episódios do Evangelho que narram o encontro de Jesus com os doentes, em particular, o facto que mesmo em dia de Sábado Jesus nunca se recusou a curar e deu aos discípulos a ordem e o poder de fazerem o mesmo. Esta é também a tarefa da Igreja: ajudar e aliviar os doentes na prática, mas também com as orações. “Jamais devem faltar as orações pelos doentes” – observou o Santo Padre e devemos rezar pessoalmente e em comunidade.
Diante da doença – disse ainda o Papa – podem surgir problemas no seio familiar devido à fraqueza humana. Mas, de modo geral, o período da doença faz aumentar a força dos elos familiares.
“Penso quanto é importante educar os filhos desde pequenos à solidariedade no período da doença. Uma educação que poupa os filhos do contacto com a enfermidade empobrece o coração. E faz de modo que as crianças fiquem anestesiadas diante do sofrimento dos outros, incapazes de confrontar-se com o sofrimento e de viver a experiência do limite.”
O Santo Padre considerou como sendo um “heroísmo escondido” o esforço de tantos pais que se revezam à noite para cuidar dos filhos ou do idoso doente e, no dia seguinte, com poucas horas de sono, têm que regressar ao trabalho. Desta forma, a fraqueza dos nossos familiares pode ser uma escola de vida se for acompanhada da oração e da presença afetuosa dos seus membros.
O Papa Francisco recebeu em audiência privada no final da tarde de quarta-feira dia 10 de junho, na Biblioteca do Palácio Apostólico, o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin. Foi o segundo encontro entre os dois líderes depois do encontro de 25 de novembro de 2013. O Papa Francisco pediu empenho e esforço para realizar a paz na Ucrânia.
Dia 11
Na quinta-feira dia 11 de junho o Papa Francisco recebeu em audiência os cerca de 450 participantes na 39ª Conferência da FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. O Santo Padre defendeu a necessidade de aprofundar a luta contra a fome e sublinhou que a alimentação é um “direito de todos”, condenando a especulação financeira neste campo.
Quinta-feira, 11 de junho: o Papa na Missa em Santa Marta afirmou três ideias concretas para a vida dos cristãos: caminho, serviço e gratuidade.
Segundo o Santo Padre, um discípulo de Jesus deve anunciar o Evangelho caminhando no serviço e na gratuidade:
“Se um discípulo não caminha para servir não serve para caminhar. Se a sua vida não é para o serviço, não serve para viver como cristão. E ali está a tentação do egoísmo: ‘Sim, eu sou cristão, eu estou em paz, eu confesso-me, vou à missa, cumpro os mandamentos’. Mas o serviço aos outros: o serviço a Jesus nos doentes, nos encarcerados, nos famintos, nos nus. É o que Jesus nos disse que devemos fazer, porque Ele está ali! O serviço a Cristo nos outros”.
É triste quando se encontram cristãos que se esquecem de servir gratuitamente – observou o Papa Francisco que deixou claro que o serviço na gratuidade é uma condição do caminho do serviço cristão: “Gratuitamente haveis recebido, gratuitamente deveis dar”.
Dia 12
No final da tarde de dia 12 de junho no III Retiro Mundial de Sacerdotes o Santo Padre na Basílica de S. João de Latrão em Roma, propôs uma meditação sobre o amor que transforma. Falou sobre misericórdia, batismo para quem o pede, o “génio feminino” e sobre a proximidade e frontalidade na relação entre bispos e padres. No período de perguntas e respostas o Papa Francisco confirmou que vai visitar a República Centro-Africana e o Uganda em novembro deste ano. O Quénia poderá ser também uma etapa mas é, para já, apenas uma possibilidade.
Dia 13
Sábado, dia 13 de junho: numa Praça de S. Pedro repleta por cerca de 100 mil jovens o Papa Francisco recebeu os escuteiros italianos e dirigiu-lhes uma palavra de forte motivação para o trabalho de evangelização desta grande organização de juventude:
“Associações como as vossas são uma riqueza da Igreja, que o Espírito Santo suscita para evangelizar todos os ambientes e setores da sociedade. Tenho a certeza que a vossa Associação pode trazer à Igreja um novo fervor evangelizador e uma nova capacidade de diálogo com a sociedade”.
Dia 14
Domingo, 14 de junho: grande multidão na Praça de S. Pedro que saudou o Papa Francisco para a oração do Angelus. O Santo Padre, na sua mensagem antes da oração, referiu-se ao Evangelho do dia e às duas parábolas que S. Marcos propõe:
“ Destas parábolas vem-nos um ensinamento importante: o Reino de Deus pede a nossa colaboração, mas é sobretudo iniciativa e dom do Senhor. A nossa débil obra, aparentemente pequena perante a complexidade dos problemas do mundo, se inserida naquela de Deus não tem medo das dificuldades. A vitória do Senhor é segura: o seu amor fará despontar e fará crescer cada semente de bem presente na terra. Isto abre-nos à confiança e esperança, não obstante os dramas, as injustiças, os sofrimentos que encontramos. A semente do bem e da paz brota e se desenvolve, porque a faz maturar o amor misericordioso de Deus.”
O Papa Francisco, no final das saudações aos fiéis e peregrinos presentes na Praça de S. Pedro, recordou que na próxima quinta-feira dia 18 de junho será publicada a Encíclica sobre o cuidado com a criação. Convidou os fiéis a acompanharem este acontecimento com uma renovada atenção às situações de degradação ambiental, mas também de recuperação, nos próprios territórios.
E com o Angelus deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 8 a 14 de junho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.”