Informações
Título: Quero que Tu sejas! – Podemos acreditar no Deus do Amor?
Autor: Tomáš Halík
Editora: Paulinas
Número de Páginas: 271
ISBN: 978-989-673-5210
Ano de Publicação: 2016
Sinopse
«Estou convencio de que essas duas perguntas – “será que Deus existe?” e “será que o amor faz sentido?” – são não só condicionantes uma das outra, mas, na realidade, constituem uma única e a mesma pergunta. s O lugar onde se verificam tais afirmações não é a sala de aula da velha metafísica, mas a própria vida.»
Comentário
O caminho que Halík nos convida a fazer, não só neste livro, mas em todas suas obras, é um caminho repleto de perguntas, um caminho que nos convida a desconstruir a nossa ideia de Deus, para nos conduzir ao encontro mais real, próximo e inteiro de Deus. Como o próprio autor afirma “Deus se aproxima de nós mais como uma pergunta do que como uma resposta. […] Talvez Ele se sinta melhor connosco no espaço aberto da interrogação do que na sufocante estreiteza das nossas respostas…”.
Neste caminho repleto de dúvidas existe, no entanto, o amor, “fé sem amor está morta, tal como o sal que perde o seu sabor” e é neste espaço que nos encontramos com O amado, na Sua e nossa inteireza. Quando existe Amor, existe a realidade do saírmos de nós mesmos, de irmos ao encontro do Outro, Daquele que nos chama e se quer fazer o centro das nossas vidas. Aí existe também o espaço que Deus nos dá, os momentos de escuridão para que digamos de forma consciente que queremos que Ele seja a luz. Esta espaço que Deus nos concede será um “desafio para reagir criativamente e chegar mais fundo?”, é a oportunidade de nos tornarmos humildes e reconhecer a presença de Deus naqueles que connosco se cruzam, de olhar para a realidade/para o mundo tal como ele é e não como gostaríamos que ele fosse.
Neste caminho de encontro e de descoberta do “quero que Tu sejas”, do querer que Deus seja realmente Deus nas nossas vidas, existe então este virar para o mundo, sem medos que determinem e comprometam as nossas vidas. Este salto de fé que requer confiança e nos convida a “tornarmo-nos cristãos” em vez de “sermos cristãos”. Aprenderemos e reconheceremos então a vida não como “um simples dom, mas também uma missão”.