Começando hoje e até ao próximo dia 25 a Igreja une-se para rezar pela Unidade dos Cristãos. Também nós vos convidamos a juntarem-se a esta oração de união. O Papa Francisco lembra-nos constantemente da necessidade de nos unirmos aos outros cristãos por forma a criar um mundo mais unido e de paz: “Queridos jovens, este futuro pertence-vos, mas valorizando a grande sabedoria dos vossos idosos. Aspirai a tornar-vos construtores de paz: não notários do status quo, mas ativos promotores duma cultura do encontro e da reconciliação.” (encontro ecuménico e oração pela paz, Discurso do Papa Francisco, Ierevan, Praça da República, sábado, 25 de junho de 2016).
Tendo esta união e construção da paz em mente os Departamentos da Juventude das Igrejas Católica, Metodista, Presbiteriana e Lusitana estão a organizar uma vigília ecuménica no próximo dia 21, conforme podes ver no cartaz abaixo e para a qual estás convidado.
Além disso, poderás encontrar também nesta página uma adaptação do subsídio de oração preparado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos a fim de ser rezado por todo o mundo. Todos os dias desta semana o Post-it irá publicar a proposta de oração para esse dia que é feita a partir do texto bíblico para este ano (2 Coríntios 5, 14-20).
TEXTO BÍBLICO
PARA O ANO DE 2017
2 Coríntios 5,14-20
O amor do Cristo nos impele, ao pensar que um só morreu por todos, e portanto todos morreram. E ele morreu por todos, a fim de que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que morreu e ressuscitou por eles. Por isso, doravante, nós não conhecemos mais ninguém à maneira humana. Se conhecemos o Cristo à maneira humana, agora não o conhecemos mais assim. Por isso, se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O mundo antigo passou, eis que aí está uma realidade nova. Tudo vem de Deus, que nos reconciliou consigo pelo Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação. Pois de qualquer forma, era Deus que em Cristo reconciliava o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas, e pondo em nós a palavra de reconciliação. E é em nome do Cristo que exercemos a função de embaixadores, e, por nós, é o próprio Deus que, na realidade, vos dirige um apelo. Em nome do Cristo, nós vos suplicamos, deixai-vos reconciliar com Deus.
Tradução ecuménica da Bíblia (TEB)
Reflexão
Este texto bíblico enfatiza a reconciliação como um dom de Deus, destinado à criação inteira. “Era Deus que em Cristo reconciliava o mundo (kosmos) consigo, não imputando aos homens suas faltas e pondo em nós a palavra de reconciliação” (v 19). Como resultado da ação de Deus, a pessoa que foi reconciliada em Cristo é chamada por sua vez a proclamar essa reconciliação em palavras e atos: “O amor de Jesus nos impele” (v 14). “É em nome de Cristo que exercemos a função de embaixadores e, por nós, é o próprio Deus que, na realidade, vos dirige um apelo. Em nome do Cristo, nós vos suplicamos, deixai-vos reconciliar com Deus” (v 20). O texto enfatiza que essa reconciliação não é feita sem sacrifício. Jesus dá sua vida; ele morreu por todos. Os embaixadores da reconciliação são chamados, em seu nome, a dar suas vidas de modo semelhante. Não vivem mais para si mesmos; vivem por aquele que morreu por eles.
Os oito dias e os textos para o culto
O texto bíblico, 2 Coríntios 5,14-20, modela as reflexões dos oito dias, que desenvolvem alguns dos enfoques teológicos de versículos, da maneira seguinte:
Dia 1: Um morreu por todos
Dia 2: Não vivam mais para si mesmos
Dia 3: Não conhecemos ninguém à maneira humana
Dia 4: O mundo antigo passou
Dia 5: Tudo se tornou uma realidade nova
Dia 6: Deus nos reconciliou consigo
Dia 7: O ministério da reconciliação
Dia 8: Reconciliados com Deus
No culto, o facto de Deus em Cristo ter reconciliado o mundo consigo é uma razão para celebrar. Mas isso precisa incluir também a nossa confissão de pecado antes de ouvir a Palavra proclamada e poder buscar a profunda fonte do perdão de Deus. Só então estamos prontos para testemunhar ao mundo que a reconciliação é possível.
Chamados a testemunhar
O amor de Cristo impele-nos a orar, mas também a ir além de nossas preces pela unidade entre os cristãos. Congregações e Igrejas necessitam do dom da reconciliação de Deus como uma fonte de vida. Mas acima de tudo, elas precisam disso para seu testemunho comum no mundo: “que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti; que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17,21).
O mundo precisa de embaixadores da reconciliação, que destruirão barreiras, construirão pontes, promoverão a paz e abrirão portas para novos caminhos de vida em nome daquele que nos reconciliou com Deus, Jesus Cristo. Seu Espírito Santo indica o caminho na estrada para a reconciliação em seu nome.
Enquanto este texto estava sendo escrito em 2015, muitas pessoas e Igrejas na Alemanha estavam praticando a reconciliação ao oferecer hospitalidade aos numerosos refugiados que chegavam da Síria, do Afeganistão, da Eritréia, bem como de países dos Balcans ocidentais, em busca de proteção e nova vida. A prática da ajuda e de poderosas ações contra o ódio aos estrangeiros foram um claro testemunho de reconciliação para a população alemã. Como embaixadoras de reconciliação, as Igrejas ativamente prestaram assistência aos refugiados na busca de novos lares, enquanto ao mesmo tempo tentavam melhorar as condições de vida nos países que eles haviam deixado para trás. Ações concretas de ajuda são tão necessárias quanto oração em conjunto pela reconciliação e pela paz, se aqueles que estão fugindo de suas terríveis situações devem encontrar alguma esperança e consolação.
Que a fonte da gratuita reconciliação de Deus se derrame na Semana de Oração deste ano, para que muitas pessoas possam encontrar a paz e para que pontes possam ser construídas. Que pessoas e Igrejas possam ser impelidas pelo amor de Cristo a viver vidas reconciliadas e a derrubar as paredes da divisão!
Poderás ainda encontrar aqui a proposta de Celebração Ecuménica.