“Por ocasião da Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, que a liturgia celebra, nesta sexta-feira, o Santo Padre deixou o Vaticano, na parte da tarde, para celebrar, na Basílica de São João de Latrão, sede da diocese de Roma, a uma Santa Missa e fazer uma meditação aos sacerdotes que estão participando do III Retiro Mundial de Sacerdotes.
O Retiro de três dias, que teve início na última quarta-feira, na Basílica Lateranense, é promovido pelo Serviço Internacional da Renovação Carismática e pela Fraternidade Católica, e tem como tema: “Chamados à santidade para a nova evangelização”. A meditação desta manhã foi feita pelo Padre Jonas Abib, fundador da Comunidade “Canção Nova”, sobre o tema: “Deixa que o amor de Deus te transforme”.
Com um canto, em diversas línguas, o Bispo de Roma foi recebido na Basílica de São João de Latrão, por mais de mil sacerdotes, provenientes de diversas partes do mundo, entre os quais se encontravam alguns Cardeais, Bispos e Arcebispos, Diáconos e numerosas religiosas e seminaristas.
Em sua meditação, pronunciada espontaneamente em espanhol, o Papa tratou o tema “Transformados pelo amor e por amor”, dividido em cinco partes: “reunidos, reconciliados, transformados, fortificados e enviados”, com citações bíblicas e com base na sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” (“O Evangelho da Alegria”).
Como é belo, disse o Papa, ver Bispos e sacerdotes reunidos no amor e na caridade, e próximos ao Povo de Deus, como os primeiros discípulos e Apóstolos, que se reuniam em torno da Palavra de Deus, inspirados pelo Espirito Santo.
Além do numeroso clero presente, Francisco expressou sua alegria também por ver tantas mulheres, que participavam daquele momento de reflexão. Elas não são sacerdotes, ponderou, mas estavam presentes no Cenáculo, quando o Espirito Santo desceu sobre os Apóstolos. Elas representam o gênio feminino na Igreja; elas são uma graça. Não nos esqueçamos, disse o Papa, que a Igreja é mulher!
As mulheres presentes, afirmou o Bispo de Roma, são imagem e figura da Igreja e da Mãe da Igreja, Maria. E, aproveitando para agradecer a colaboração que prestam em âmbito eclesial, recordou: “A Igreja é Esposa de Cristo, logo a Igreja é Mulher, é Mãe do povo de fiéis cristãos” Não é “feminismo”, explicou o Papa, dizer que Maria é bem mais importante que os Apóstolos.
Depois, recordando este dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, o Pontífice afirmou que os “sacerdotes” são transformados por amor, por amor trinitário. O chamado ao sacerdócio é, antes de tudo, um chamado de amor e a nossa resposta deve ser uma resposta de amor.
Quando um sacerdote esta apaixonado por Jesus se nota! Apesar de passar por momentos de dificuldade, ele se aproxima do sacrário e dialoga, com amor, com o seu Senhor… Trata-se de um dialogo de amor e não hipócrita. Este encontro amoroso com o seu Senhor, anima o sacerdote na sua missão e ministério. Por isso, o Papa acrescentou:
“O primeiro motivo para evangelizar é o amor de Jesus; o amor de Jesus que recebemos; é a experiência de sermos salvos por Ele, que nos incentiva e encoraja a amar sempre mais. Todo sacerdote tem suas debilidades, não obstante, Jesus o coloca a serviço do seu povo”.
Desta forma, disse o Bispo de Roma, é o amor que nos leva a evangelizar, a levar a mensagem de Jesus, a falar do seu Amado. Quando sentimos o desejo de comunicá-Lo aos outros, devemos dobrar os joelhos, recolher-nos em oração e pedir-lhe que volte a atrair-nos ao seu amor.
Assim, o sacerdote sente o carinho do Senhor, o busca, o ama e o transmite aos outros de modo genuíno e renovado. E exortou os sacerdotes a amar, a deixar-se amar, a abrir seus corações a Jesus e dizer-lhe: “Aqui estou, Senhor!”
Ao concluir sua meditação aos milhares de sacerdotes presentes na Basílica, o Santo Padre respondeu a algumas perguntas feitas por representantes de diversos países. Assim, o Papa passou à celebração da Santa Missa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus! (MT)