Informações
Título: As Palavras Vivas
Autor: Pedro Miguel Lamet
Editora: Edições Tenacitas
Número de Páginas: 192
ISBN: 9789898665003
Ano de Publicação: 2013
Sinopse
«Pedro Lamet põe-nos na pele de S. João e faz-nos saborear com ele as palavras, os gestos e a ternura que o apóstolo experimentou, tocando e deixando-se tocar pelo coração de Cristo. O desafio é fazer minha a experiência do discípulo amado e com ele crescer nessa espiritualidade tão de intimidade como de largueza cósmica. É claro que entrar no caminho da ‘vista imaginativa’ supõe um profundo conhecimento bíblico, histórico e teológico, como aquele que o autor revela. Sem esse cuidado poder-se-ia cair em fantasias, mais que líricas, delirantes. Sem medo, entremos na relação que este livro nos propõe. Em vez de ‘pensar sobre’, deixemos que a relação aconteça e nos transforme. Faz-nos bem. Traz o ânimo e a consolação que precisamos.» (do prefácio, por Vasco Pinto Magalhães sj)
«Por onde quer que passássemos, ao ver os prodígios de Jesus, toda a gente se interrogava se Ele seria ou não aquele que havia de vir. Os dirigentes instavam com Ele para que se definisse como Messias. Jesus preferia a expressão de ‘Filho do Homem’, embora também gostasse de se identificar com ‘o esposo’, ‘o consagrado por Deus’, porquanto tinha sido eleito e ungido para uma missão, ou, como vimos, com o bom ‘pastor’ do povo. Mais do que Messias, preferia o ‘Eu sou’. Não se apoiava numa lei nem se apresentava como um legislador, mas como um salvador – como o portador do Espírito – a partir do coração do homem, que Ele vai libertar de si próprio, fazendo-o nascer de novo, graças aos seus ensinamentos de Mestre, como inclusivamente lhe chamou o fariseu Nicodemos».
Comentário
Este é um dos livros que ando a saborear devagarinho… como quem saboreia aquele doce que comíamos com sofreguidão em criança e acabamos de descobrir que sabe e cheira ao mesmo, e saboreamos porque nos desperta as memórias que estavam adormecidas que, sem darmos conta, nos fazem sorrir em silêncio.
É de memórias que este livro fala. De memórias de intimidade, beleza e, por vezes, de algum espanto. O autor “calça” as sandálias de João e imagina, connosco, como se recordaria João do tempo passado com Jesus e com os companheiros. Vemos João a recordar, muitas vezes quase como se recorda um sonho, o caminho feito, a palavra ouvida, o gesto e a presença.
É João que nos fala do seu Mais que Tudo, do Centro da sua vida.