Durante o mês de junho, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, estiveram em peregrinação na Diocese de Santarém. No final da tarde do dia 17, os símbolos partiram para a vigararia de Almeirim, onde estiveram até ao dia 21. A Beatriz Lourenço, responsável pelo Comité Organizador Paroquial (COP) de Almeirim, conta como foram estes dias:
Para mim, a receção aos símbolos começou no dia 17 quando, em equipa, fomos até à Chamusca para a Vigília de oração, este que seria para nós o momento de acolhimento aos símbolos na nossa vigararia. E era só o início.
Depois disso, seguiu-se a missa vicarial também na Chamusca, a vigília de oração em Alpiarça e, finalmente, era a véspera do dia em que iríamos receber os Símbolos da JMJ em Almeirim. Muitas vezes pensei para mim: “Será que é mesmo verdade? Os símbolos oferecidos pelo Papa João Paulo II vão mesmo pisar o chão da terra que me viu nascer?” Eu sabia que estava prestes a viver algo único, não sabia que estava prestes a viver um dos dias mais felizes da minha vida.
Foi durante a madrugada, quando terminávamos os últimos preparativos da carrinha que iria transportar os símbolos que percebi que era real. Fomos a casa descansar umas horinhas e às 7h da manhã estávamos em Alpiarça para trazermos os símbolos para a nossa terra. E assim foi. Com a força de Deus, entrei na carrinha com os meus condutores e seguimos viagem até à nossa Igreja onde iríamos ter a oração da manhã com a comunidade. Nunca vou esquecer o que senti no meu coração ao chegar à minha Igreja e ver a alegria da minha comunidade por termos os Símbolos da Jornada connosco.
Ao longo do dia, visitámos lares, instituições, levámos os símbolos a quem está mais só, agradecemos a quem nos tem apoiado desde o primeiro dia desta aventura e terminámos em festa com o nosso flashmob, dando testemunho da alegria que sentimos por seguir Jesus.
Outra das coisas que mais me tocou e emocionou na passagem dos símbolos foi a união e a entre-ajuda entre os COPs da minha vigararia. Todos fizemos questão de estar presentes nos diferentes momentos vicariais, não só porque a partir do primeiro momento com os símbolos só queríamos andar atrás deles, mas porque queríamos apoiar nos uns aos outros e partilhar esta alegria uns com os outros. Para mim este é, sem dúvida, um dos verdadeiros milagres da Jornada, o de aproximar a Igreja e as comunidades, principalmente a nível vicarial.
Sei que ao longo destes dias, muitos tocaram e se deixaram tocar pelos símbolos. Muitos se dedicaram para além dos seus estudos e trabalhos de forma a preparem o acolhimento. Muitos carregaram os símbolos (algumas vezes debaixo de chuva e de sol), mas sempre com um sorriso no rosto. Muitos testemunharam verdadeiros milagres. E tantos, mas tantos, tal como eu, se sentiram salvos por este Amor de Deus que não se cansa de nos desafiar a sermos, a darmos e a amarmos mais. Tenhamos a coragem de dizer SIM como Maria.