“A peregrinação a Fátima foi algo que me fez crescer interiormente e como pessoa. Nunca tinha feito uma peregrinação, e mal soube que tinha essa oportunidade, aceitei logo. Foi um mundo de novas descobertas, por novas terras e igrejas. Íamos todos muito entusiasmados. Eu passei praticamente o caminho todo a tirar fotografias e a apreciar as paisagens. Houve momentos para tudo. Para rezar, refletir, partilhar aquilo que pensávamos com os restantes acerca daquilo que nos ia sendo proposto, caminhar ao nosso próprio ritmo ou até caminharmos sozinhos. Foi uma espécie de discernimento, em que saímos de nós próprios, da nossa zona de conforto. Caminhámos com um objetivo em comum: Sermos felizes com Maria, A Cheia de Graça. Caminhámos por entrega a Ele, seguindo os nossos próprios passos. Não é uma tarefa fácil, exige trabalho árduo, eu própria no segundo dia não aguentei lá muito bem, mas sabendo que Ele estava comigo em cada momento que passava, tudo se tornou mais fácil. E como é óbvio tínhamos a ajuda dos carros de apoio que nos iam acompanhado ao longo de toda a caminhada e aos quais eu recorri.
A chegada a Fátima foi algo bastante tocante, muito mais do que as restantes vezes em que lá estive. Desta vez pude sentir a presença verdadeira de Deus, desfrutar da experiência e depositar nela toda a minha fé. E o Fátima Jovem também foi uma experiência muito boa. Sobretudo o dia da procissão das velas em que cada um tinha a sua lamparina ou vela e ver de longe todas aquelas pessoas a iluminar o caminho, tive a sensação de que não estamos sós e que a Luz está realmente presente em nós em cada ocasião!
Tudo isto é um desejo que só pode ser realizado através deste Amor e Fé que, em conjunto, criam momentos muito especiais e que em comunhão nos permitem amar o próximo e a Deus! Podia resumir a peregrinação numa só frase: “Existe uma meta, mas não há um caminho”. Pois fomos nós em conjunto com Ele que o traçamos, por caminhos onde deixamos os nossos passos guiarem-nos até Fátima. Por isso creio que toda a gente deveria experimentar ou pelo menos pensar em fazer uma peregrinação, é sem dúvida uma experiência bastante gratificante e memorável.”
Sara Oliveira