“Apenas mais um mês e fará um ano que participei no Fé4Missão em Alcanede. Este é um projeto que passei a conhecer o ano passado quando uma amiga me falou nele e perguntou-me se queria ir. Fiquei bastante hesitante em dar-lhe resposta e só me perguntava se realmente valeria a pena, se eu faria a diferença… e digo-vos que a resposta é SIM! Nunca tinha feito nada do género mas sem dúvida que foi uma experiência que me abriu os olhos.
Vivemos coisas que realmente fazem a diferença nas nossas vidas e na daqueles que nos rodeiam. Ao longo de uma semana fazemos diversas atividades entre nós e com a comunidade, de entre as quais Orações, rezar o Terço e a Via da Luz. Uma das coisas que me surpreendeu pela positiva é que há bastantes pessoas interessadas em sair de casa, sair da sua zona de conforto e conhecer aquilo que nós lhes levavamos, a nossa fé e o amor de Deus. Há muito mais para além do que vemos na televisão ou no facebook, pode ser muito bonito ver alguém a divulgar a palavra de Deus e ajudar quem mais precisa, mas sabem o que ainda é mais bonito? Ser esse alguém! Ser verdadeiramente rosto de Cristo para aqueles que se encontram sozinhos, numa vida rotineira ou mesmo não encontrando uma única alegria na sua vida. Este projeto permite-nos ser essa alegria! Podem ser só 5 ou 10 minutos em que estamos com alguém e a falar-lhe deste Deus que nos ama, mas acredito com todo o coração que já fez a diferença para o resto da vida.
O que me marcou mais foi a visita aos lares e o “porta-a-porta”, pois fez-me ver de uma maneira mais clara coisas que pensava conhecer. Achamos que ter o telemóvel sem bateria ou não ter dinheiro para comprar aquela camisola super gira é um mega problema, quando nem nos lembramos das pessoas doentes, de famílias que deixam idosos em lares e raramente os visitam ou até de pessoas que não conseguem sair de casa devido a certas incapacidades. Mas digo-vos, que apenas o sorriso das pessoas que passavam por nós valeu logo a pena. É apenas uma semaninha que reforça a nossa fé e nos faz sair da rotina mas que nos enche o coração de uma maneira inexplicável. Por isso volto a dizer-vos que ir faz a diferença, não só como grupo de voluntários mas como indivíduos e como família.”
Raquel Flor