Na Operação Sanduíche que se inicia na próxima 3ªfeira, dia 17 de Fevereiro, no CUPAV, é entregue ao participante um kit com a dita sanduíche e outros (poucos!) alimentos, bem como uma oração para fazer ao longo do dia. Através disto, procura ser “dia de jejum, oração e caridade, seguido de missa de Cinzas”, dando deste modo início ao período da Quaresma.
No entanto, para mim, foi mais que isso. Na operação sanduíche de 2014, percebi (em parte!) ao que Deus me chamava. Mais do que uma vocação pessoal, profissional ou outras, percebi que Deus me chamava para construir o seu Reino, percebi que antes e acima destas vocações referidas, tinha uma vocação ao Amor. E uma vocação ao Amor que pedia para ser cumprida desde sempre e para sempre, que envolvia despojar-me de mim próprio e ir ao encontro do outro, que prometia dar sentido à minha vida. Percebi que, sozinho, nunca me salvaria e que o Reino dos Céus espera por nós enquanto povo. Jesus quis e quer salvar-nos enquanto povo, enquanto comunidade.
Acredito, no entanto que, esta salvação começa agora, na nossa morada terrena. É hoje que somos chamados a construir comunidades em comunhão, uma comunhão de Amor em Deus que é Amor (1 Jo 4, 8). É hoje que somos chamados a dar a vida ao serviço de Deus e dos irmãos, é hoje que escrevemos a história da nossa vida e, para ela ter sentido, só pode ser contada como uma história de amor (Vasco Pinto Magalhães, sj).
Desta forma, a Operação Sanduíche contribuiu para uma mudança na minha vida, contribuiu para que, progressivamente, caminhe para uma cultura do “nós”, em oposição a uma cultura do “eu”. Contribuiu para que percebesse, de uma forma mais clara, como posso contribuir para esta edificação do Reino. Em suma, contribuiu para que aprendesse a amar mais.
António Lourenço
E tu, estás pronto para a Operação Sanduíche?