Diria que participar num Encontro de Taizé, seja em que cidade for, é uma experiência de encontro e diálogo. Um encontro com pessoas do nosso país ou região que partilham a mesma cultura, mas também um encontro com o diferente, com o inesperado, com o desconhecido. Desde a estadia na casa das famílias de acolhimento da comunidade local, aos grupos de partilha internacionais e ecuménicos e terminando nas orações da tarde e da noite, com a presença de milhares de jovens nas igrejas do centro da cidade ou em pavilhões designados para o efeito, o Encontro Europeu é sempre uma oportunidade de fazer silêncio, rezar em conjunto e partilhar a vida.
Desta vez, o Encontro Europeu de Taizé foi em Wroclaw, Polónia, tendo decorrido entre os dias 28 de Dezembro e 1 de Janeiro, com o lema “Sempre a caminho, mas nunca desenraizados”.
Durante este Encontro, fui acolhido por uma família polaca integrada na comunidade da paróquia de Santa Ana, nas periferias da cidade de Wroclaw. Com ela e com os quatro jovens italianos que foram acolhidos comigo, partilhei refeições, experiências, histórias de vida e as Graças que fomos recebendo. Pude testemunhar a enorme generosidade e capacidade de acolhimento do povo polaco e também a sua Fé operante no Amor. Pude reparar como a Igreja polaca é animada pelo dinamismo dos jovens e alimentada pela herança dos mais idosos. Como, efetivamente, a Igreja polaca está realmente a caminho, sem esquecer as suas raízes.
Wroclaw foi também lugar de reencontros. Reencontro com Deus, comigo mesmo e com tantos amigos portugueses e estrangeiros que fui conhecendo ao longo das semanas em Taizé e de outros encontros organizados pela Comunidade em que pude participar. Creio que através destes laços, que subsistem à passagem do tempo e à distância geográfica, o Senhor se vai revelando e derramando Graças sob a forma de Amizades em Cristo.
Para o próximo ano, o Encontro Europeu de Taizé realizar-se-á na cidade italiana de Turim. Penso ser ainda demasiado cedo para confirmar a minha presença, mas sei que este encontro em Wroclaw me deixa extremamente entusiasmado com a possibilidade de, daqui uns anos, fazer novamente a experiência de estar num destes Encontros. Depois de tudo o que tenho vivido, acredito que não há melhor forma de “Passar o Ano” do que participar nestes Encontros, fechando um Ano com Deus e entregar-lhe o Ano Novo que se aproxima.
Até Turim!
António Lourenço