Todos viemos ao mundo pela nossa mãe. Quanta vezes terei eu pensado nesta responsabilidade?!
As mães existem há tanto tempo quanto temos Homem no mundo. Houveram umas conhecidas por serem rainhas, mãe de…, guerreiras, mártires, tantas e todas mães; mas houve uma, a mais especial de todas, que foi coroada rainha, mãe das mães, apenas e só (SÓ!!) por ter sido A escolhida para gerar O Filho de Deus. Bem! Pensar em Maria só pode ser desta forma, e sob a minha humana pequenez deixa-me…: feliz!
Foi na senda deste amor maior, amor gerador, amor imaculado, aquele amor, o de Mãe, que rumámos ao Fátima Jovem 2015 para nos reunirmos no amor da Mãe Celestial e do seu Filho. Nada de novo para quem é devoto de Nossa Senhora. A novidade está no sentindo com que o fazemos. Foi e será sempre, estou certa, de que foi apenas por amor que o fizemos. Alguns carregaram no coração a devoção a este amor e colocaram literalmente pernas ao caminho. Penso tantas vezes sobre o sentido da peregrinação… E nada faz mais sentido que o amor. O amor a Maria. E nós só lhe conhecemos isto mesmo: Amor! Incondicional. Puro. Pleno. Imenso. Eterno.
Sob o manto protetor da nossa Mãe Celestial os nossos caminhos cruzaram-se com os de tantos outros jovens que rumaram também a Fátima neste fim-de-semana de festa ao amor da nossa Mãe Maria.
Fomos acolhidos no colo imenso da nossa Mãe e conduzidos de forma doce, daquela forma que só as mães sabem, para a presença terna do nosso Pai. Se houve ponto alto destes dias foi a vigília de adoração ao Santíssimo. “Como é bom parar…” Se o amor à nossa Mãe Santíssima nos move e nos faz ir, peregrinar por amor, também nos leva a parar. Agradecemos a Maria com oração, agradecemos a Maria com o coração, o Filho que concebeu por amor a Deus e paramos ali, sob o Seu olhar protetor e lembramos instantaneamente que nada nos falta, temos Amor! No entanto, Maria sendo consagrada ao Pai também nos ajuda a rumar a Ele e a parar. Perante o Pão que é Corpo, perante Deus que se fez Homem por seu Filho dificilmente não pararíamos. E há ali aquele momento, que dura o tempo que Deus quiser, em que levamos com uma onda imensa do Amor em que nos criou, fez crescer, fortaleceu e sobretudo: nos ama. Se pouco considero que tenho a dar a Deus por ser tão amada, por me sentir mesmo uma filha: com a Mãe das mães a vigiar os meus dias e noites, a serenar no seu colo as minhas inquietações e O Pai que me escolheu, me acolheu, que conhece de cor cada detalhe da minha humanidade, que tem o meu nome gravado na palma da mão, pois então dou-Lhe tudo isto: apenas e só aquilo que sou. Se peço a Maria que me ensine a rezar, dou-Lhe oração; se peço a Deus que me ajude a caminhar, dou-Lhe o meu caminho; e quando, algum dia da minha vida, deixar de pedir, agradeço-Lhe e entrego-Lhe o meu coração, todo o meu amor que ainda que cheio de humanidades, é “feliz, como Maria, a cheia de graça”.
Tatiana Iria
Maio 2015